segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

A acupuntura

Eu era uma pessoa cética, não acreditava em curas alternativas, não podia conceber que agulhas poderiam me ajudar em nada, mas vou te dizer que minha mãe é bem insistente e é mais fácil experimentar as agulhas, ou melhor, quebrar a minha resistência a que ela desista de algo.

E lá fui eu para as agulhas. Na minha primeira sessão, fui logo dizendo que não acreditava no tratamento, mas, já que estava lá, pedi que desse um jeito logo em tudo: tendinite nos dois punhos, rinite alérgica (que já me acompanhava há um ano, apesar de estar fazendo tratamento com alergologista desde então, tomado anti-inflamatórios , vacina e cortisona para melhorar, as doses desses remédios sempre aumentavam, eu nunca ficava boa) e depois os medos, que não considerava como doença e achava que mais cedo ou mais tarde ia passar.

Nas duas primeiras semanas, a sensação que tive não foi das melhores em relação ao meu medo: meu corpo ficou mais lento e não respondia a velocidade da minha mente que continuava muito acelerada. Então, percebi que mesmo que quisesse não conseguiria fazer os movimentos rápidos como antes, isso fez com que eu me movimentasse mais devagar e a ansiedade fosse sendo reduzida.

Então depois de um tempo de tratamento, que hoje não sei precisar o quanto foi, estava sem sintomas da rinite ou da tendinite, e a ansiedade estava bem reduzida. Meu médico chinês me falou que eu agora precisava de um outro tipo de terapia, que o que ele podia ter feito por mim ele já havia feito.

Não interrompi a acupuntura porque ela conseguiu equilibrar meu sono, que andava muito instável, devido ao meu trabalho, que tem regime de plantão e o horário de dormir variava muito. Com as sessões de acupuntura tenho um equilíbrio geral da energia do meu corpo, o que para mim não tem preço.


Preciso frisar que um processo de confiança começava a existir em mim, dando uma abertura para que novas idéias pudessem fazer parte da minha vida.