Eu era uma pessoa cética, não
acreditava em curas alternativas, não podia conceber que agulhas poderiam me
ajudar em nada, mas vou te dizer que minha mãe é bem insistente e é mais fácil
experimentar as agulhas, ou melhor, quebrar a minha resistência a que ela
desista de algo.
E lá fui eu para as agulhas. Na
minha primeira sessão, fui logo dizendo que não acreditava no tratamento, mas,
já que estava lá, pedi que desse um jeito logo em tudo: tendinite nos dois
punhos, rinite alérgica (que já me acompanhava há um ano, apesar de estar
fazendo tratamento com alergologista desde então, tomado anti-inflamatórios ,
vacina e cortisona para melhorar, as doses desses remédios sempre aumentavam, eu
nunca ficava boa) e depois os medos, que não considerava como doença e achava
que mais cedo ou mais tarde ia passar.
Nas duas primeiras semanas, a
sensação que tive não foi das melhores em relação ao meu medo: meu corpo ficou
mais lento e não respondia a velocidade da minha mente que continuava muito
acelerada. Então, percebi que mesmo que quisesse não conseguiria fazer os
movimentos rápidos como antes, isso fez com que eu me movimentasse mais devagar
e a ansiedade fosse sendo reduzida.
Então depois de um tempo de
tratamento, que hoje não sei precisar o quanto foi, estava sem sintomas da
rinite ou da tendinite, e a ansiedade estava bem reduzida. Meu médico chinês me
falou que eu agora precisava de um outro tipo de terapia, que o que ele podia
ter feito por mim ele já havia feito.
Não interrompi a acupuntura porque
ela conseguiu equilibrar meu sono, que andava muito instável, devido ao meu
trabalho, que tem regime de plantão e o horário de dormir variava muito. Com as
sessões de acupuntura tenho um equilíbrio geral da energia do meu corpo, o que
para mim não tem preço.
Preciso frisar que um processo de
confiança começava a existir em mim, dando uma abertura para que novas idéias
pudessem fazer parte da minha vida.