segunda-feira, 28 de julho de 2014

Convite para o meu primeiro grupo residencial

Eu queria muito conhecer a chapada, já fazia parte dos meus planos, só não sabia como, tinha visto umas fotos de um grupo lá na terapia na chapada, pensei: “quando tiver eu vou!”.

Cheguei na minha sessão e recebi o convite para ir para a chapada, era um convite de última hora: teria que comprar a passagem no mesmo dia, sem mais perguntas; fui lá e comprei!

Estava feliz que eu ia para lá e nem pensei em nada, no meu namorado, no que ia dizer em casa, o que eu queria mesmo era ir.

Era um grupo cujo foco era o processo terapêutico, mas o que eu queria mesmo era conhecer o lugar, já estava também interessada na terapia, queria saber também o que aconteceria em cinco dias intensivos de grupo.

Eu já havia dormido fora de casa, mas sempre para fazer concursos ou quando estava no curso de formação do meu atual trabalho, nunca para me divertir, sem conhecer ninguém; deu medo, mas a minha vontade de conhecer o lugar era muito maior.

Quando contei para meu namorado, ele não disse nada, claro que não pedi permissão, apenas comuniquei que ia, mas foi bem difícil falar, porque tinha muito medo de ser rejeitada. Ele não tinha achado bom, mas também não disse nada, sabia que ia ter problemas na volta, mas queria ir ainda assim.

Tenho essa característica; se algo me atrai, eu não penso duas vezes, eu simplesmente me jogo, mesmo que depois eu tenha que lidar com alguns desconfortos.

Estava também na fase da terapia de não fazer concessões, então por mais difícil que fosse, eu comecei a fazer o que queria.


Sempre que me deparo com algo que nunca fiz, sempre que o novo vai se apresentar, eu tenho alguns sintomas: meu grau de ansiedade aumenta, minha respiração fica ofegante, tenho prisão de ventre, fico numa euforia. Esses sintomas estão seguramente melhores agora, então lido com maior tranqüilidade com as mudanças da vida.